segunda-feira, 29 de junho de 2009

Cinco objectivos e três razões para estar com o Professor Carlos de Oliveira

Investigadora no IBILI e catedrática da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Filomena Botelho explica os motivos pelos quais aceitou ser mandatária da candidatura do Prof. Carlos de Oliveira e as razões pelas quais entende que ele é a pessoa indicada para dirigir, “na conjuntura difícil e complexa que vivemos”, os destinos daquela instituição. Uma “liderança tranquila, um líder de consensos e um líder para a mudança” são características apontadas pela mandatária do Professor Carlos de Oliveira.
  1. O ensino universitário médico impõe uma mudança de paradigma, em consonância com os desafios e exigências que se nos colocam e aos quais temos o dever de saber responder com eficácia e elevados padrões de qualidade.
  2. Adaptar e preparar as estruturas pedagógicas ao ensino moderno da Medicina constitui, nesse sentido, um imperativo categórico para a futura direcção da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
  3. Incentivar o diálogo e a interdisciplinaridade entre docentes e investigadores, com o objectivo de melhorar as condições para o ensino e a investigação de excelência.
  4. Lutar pela dignificação da condição de professor universitário hospitalar e do desenvolvimento das suas qualidades científicas, humanas e técnicas, uma vez ele estar no centro do processo de aprendizagem clínica dos estudantes de Medicina.
  5. Defender relações inter-institucionais fortalecidas pela nobreza que deve caracterizar o ensino universitário pré e pós-graduado, sem permitir que processos menos transparentes diminuam ou subalternizem a ingente tarefa de ensinar futuras gerações de profissionais competentes nas áreas das ciências da vida.
A concretização destas razões/objectivos essenciais para a vida futura da Faculdade de Medicinia da Universidade de Coimbra enfrenta, hoje, uma conjuntura problemática e, nessa medida, susceptível de colocar dificuldades acrescidas ao necessário salto qualitativo que todos ambicionamos.

Dentro deste quadro, a acção do futuro director da Faculdade de Medicina assume uma responsabilidade sem precedentes, porquanto lhe vai ser exigida uma capacidade de diálogo, de acção e de decisão indiscutíveis e necessariamente compagináveis com a experiência, apurado sentido estratégico e desapego ao poder. Numa palavra, uma liderança firme, mas tranquila.

Atendendo, por outro lado, ao clima de crispação que é hoje indisfarçável em algumas áreas da vida da Faculdade de Medicina e no seu relacionamento institucional com os HUC, impõe-se que o futuro director seja um catalizador de consensos. Numa palavra, um líder aglutinador.

O Professor Carlos de Oliveira reúne as qualidades de liderança e de construtor de consensos que a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra tanto precisa. Catedrático de Ginecologia, de cujo Serviço é director há oito anos, presidente da Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e Ginecologia e membro eleito do Conselho Geral da Universidade de Coimbra, o Professor Carlos de Oliveira é possuidor de um percurso académico, clínico, científico e cívico absolutamente invejável.

Se assim não fosse teria optado, face às dificuldades que o exercício do cargo a que se candidata lhe vai exigir, pela atitude cómoda, fácil e apetecível de não lutar e dar o melhor de si, neste momento difícil, à causa da Faculdade que há décadas é a sua casa e por isso tão bem a conhece. Significa isto que é um imperativo de consciência que o move, em prol da defesa dos superiores interesses da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e de todos quantos ali estudam e trabalham. Numa palavra, um líder para a mudança.

A Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra precisa de um pensamento e acção estratégica e de uma liderança firme, mas tranquila e avessa à polémica gratuita, capaz de entender e acreditar que o consenso é a forma mais inteligente e eficaz de realizar com êxito o imenso trabalho que há pela frente. A meu ver, o Professor Carlos de Oliveira é neste momento a pessoa mais bem colocada para assumir todos os desafios e a sua plena concretização. Mais: o facto de ter sido até agora Presidente da Assembleia de representantes, funções para que foi eleito e que desempenhou durante vários anos, representa um capital de experiência imprescindível pelo conhecimento profundo que possui acerca das várias sensibilidades, quer de docentes, investigadores, alunos e funcionários.